Eu estava voltando
naquela rua, agora familiar pra mim, tranquila, quando vi um par de borboletas.
Não muito grandes, até um pouco pequenas, bailando no ar até repousarem no tronco da árvore, e, tomadas por aqueles belos pares de asas que as enfeitavam, reproduzirem uma lagarta que passará pelos mesmos processos de metamorfose, que as duas haviam passado.
Não muito grandes, até um pouco pequenas, bailando no ar até repousarem no tronco da árvore, e, tomadas por aqueles belos pares de asas que as enfeitavam, reproduzirem uma lagarta que passará pelos mesmos processos de metamorfose, que as duas haviam passado.
Inevitavelmente me lembrei de você. Ou talvez de mim mesma criando você incessantemente, seja pelo motivo que for.
Inevitavelmente me lembrei também do conto do Caio Fernando de Abreu, porque as borboletas eram pretas.
As borboletas eram pretas.
Eu não conseguia parar de pensar que as borboletas eram pretas, mesmo já estando de costas para o casal.
Eram pretas. Mas eram borboletas.
E eram lindas. Voando em harmonia. Leves e cincronizadas.
E nesse momento, uma criança de 1 ano e meio, cujo nome não consegui
entender, correu para os meus braços.Tão leve como aquelas borboletas.
Tão preto quanto.
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